segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Vintage ou Retrô?

Vamos saber quando usar uma ou outra expressão para identificarmos estilos aparentemente tão semelhantes.
A Wikipedia traz a definição de que "retrô deriva do prefixo latino retro, que significa 'para trás' ou 'em tempos passados' - particularmente como visto na forma de palavras retrógradas, que implica num movimento em direção ao passado, em vez de um progresso em direção ao futuro e, a posteriori, referindo-se um olho crítico ou nostálgico do passado". Já "Vintage é um estilo de vida e moda retrógrada, uma recuperação de estilos das décadas de 1920, 1930, 1940, 1950 e 1960", Assim, concluímos que ao falar de décadas do século passado (20 a 60), falamos de Vintage.




A Década de 20 contava ainda com muito mobiliário clássico - com ares de castelo - e muita Arte Decó, mas um expoente se mostrava e ainda hoje é forte: Michael Thonet, com 6 elementos e 6 parafusos, fez suas cadeiras viajarem pelo mundo inaugurando o conceito de "monte você mesmo" e suas cadeiras mostraram-se um sucesso aumentando o leque de possibilidades de sua fábrica.



A Década de 30 se via muito do que foi visto em meados e final dos 20. Sem a internet ou globalização, as modas não caminhavam tão rapidamente quanto hoje. No Brasil inicia-se um movimento de nacionalização e os móveis brasileiros começam a invadir as casas e "repartições". Lúcio Costa, sempre visionário traz conceitos e movimentos que visam encontrar essa identidade. Em meio à efervescência de uma arquitetura ora Arte Decó, ora eclética, surge a escola de artes e ofícios - inspirada na escola Arts & Crafts - com ares legitimamente brasileiros.


Na Década de 40 o Modernismo começa a chegar ao Brasil com suas cores primárias, suas formas retas e funcionais e um design acessível - pelo menos era essa a intenção primordial da escola Bauhaus ícone do movimento moderno.



Nos anos 50, ainda há um quê de ecletismo e misturas de estilos grande, mas as cores do modernismo chegam com força total, livrando as casas brasileiras de todo o bege que era rei soberano até então.



A última década dos anos Vintage é a década de 60. Tempo de conservadorismo em contraponto com movimentos insurgentes em busca de liberdade. As casas mostram isso, contrastando ambientes mais conservadoras com um verde militar presente pontualmente, e outras casas com liberdade de expressão facilmente notada em sua decoração.
Em pouco tempo a estética hippie se instalaria e traria ainda mais cores e flores, mas aí estamos falando da estética retrô.

Ao fugirmos das décadas de 20 a 60, entramos na estética retrô.
Os anos 70 cheios de paz e amor, os anos 80 com sua identidade fortemente marcada com a força de suas cores e traços agressivos, o new age, high tech dos anos 90... estamos falando de retrô.


Apesar do conceito citado no início do artigo, retrô não é usualmente usado para se falar da estética anterior à década de 20. Como o clássico ainda estava em pleno uso, ou o novo classicismo - um pouco mais atualizado - são esses os termos que empregamos.
Vamos falar um pouco mais sobre clássico e neoclássico na próxima postagem. Assim fica mais fácil identificar as diferenças para o Vintage e Retrô que vimos hoje. Até Breve!

Fontes:

www.confeitariacolombo.com.br
www.ateliebasile.com
www.wikipedia.org
www.pinterest.com
www.casadevalentina.com.br
www.at-the-galleria.blogspot.com.br
www.emobile.com.br
www.evelyb.com.br
www.adrianavivarte.blogspot.com.br
www.diariodajoaquina.blogspot.com.br
www.adaoimoveis.com.br
www.decorfacil.com

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Estilo Industrial e Brutalismo

Vamos começar falando sobre estilos na decoração, design e arquitetura. Muitas pessoas não conseguem identificar claramente, fazem confusão ou trocam estilos bem próximos. Como somos apaixonadas pelo estilo industrial, ele será o primeiro.
O Industrial é bem próximo do Brutalismo, que ficou em evidência no modernismo (estamos vivendo o contemporâneo - mas depois identificamos a diferença entre os dois ;]) em suas estruturas carregadas de aço e cimento aparente, com os arquitetos Paulo Mendes da Rocha [foto abaixo] e Vilanova Artigas [foto ao lado] como expoentes apaixonados do estilo aqui no Brasil e Le Corbusier internacionalmente.

"Caracterizado por construções gigantescas, angulosas, de concreto, tem seu nome derivado da expressão béton brut" ("concreto bruto", o nosso "concreto armado"), foi famosamente usado pelo arquiteto, pintor, urbanista e escritor francês Le Corbusier" (http://hypescience.com/19-exemplos-da-distopica-arquitetura-brutalista).


Aqui no Brasil o MASP, com a poesia brutalista de Lina Bo Bardi, é o retrato desse estilo em sua majestade. Linhas retas "utilização do concreto armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de madeira natural, técnica que passou a ser empregada (...) tanto como recurso tecnológico como busca de maior expressividade plástica" (http://www.arquiteturabrutalista.com.br/index1port-conceitos.htm).



 

O Estilo industrial deixa muitas estruturas aparentes e recebe esse nome porque além do brutalismo, "rouba" conceitos estéticos do chão de fábrica. Normalmente construídos em galpões, quanto mais expostas as estruturas, mais fácil de solucionar possíveis problemas ou mudanças no layout das máquinas.

Reparando nessa fábrica da Ford - uma das precursoras em linhas de produção - vemos nos pilares os conduítes de energia expostos. Provavelmente as encanações de água também deveriam ser aparentes como encontramos em muitos subsolos e estacionamentos.
O estilo Industrial busca a ausência de maquiagem. De disfarces estéticos e não funcionais. Os tijolos ficam aparentes e mostram a beleza que têm em si mesmos, sem pedir demãos de tinta, massa corrida e cimento para cobrir suas imperfeições. Os conduítes fazem desenhos na parede.
Aqui o Estúdio Penha empregou com maestria o estilo, sem perder classe, tampouco pecando na estética ou funcionalidade.




Somos encantadas pela honestidade e possibilidades desse estilo.

Vamos falar no próximo post sobre Vintage e as diferenças e semelhanças entre ele e o retrô, dois termos tão empregados hoje em dia. Até a próxima!



Fonte das imagens:

www.vilanovaartigas.com
www.pinterest.com
www.limaonagua.com.br
www.formosacasa.blospot.com.br
www.casa.abril.com.br
www.liquibrasil.com.br
www.estudiopenha.com.br
www.casavogue.globo.com
www.planete-decor.fr


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Quem somos nós.

Apaixonadas pela transformação de espaços e realização de sonhos, queremos trazer alegria de viver no seu ambiente, seja pela reforma, construção ou harmonização das peças que já existem ou podem vir. Mas se falta só aquela peça, para aquele cantinho, também podemos fazer mobiliário racional e personalizado. É só nos contar seus desejos e pensaremos em como realizá-los!

Fabiana Pereira

Arquiteta, acostumada a trabalhar em grandes construtoras e com obras estruturais, também apaixonada por Interiores e soluções práticas e de grande resolução e adaptação à realidade do cliente.


Massimiliana Beserra

Designer de Interiores, também Psicóloga e Fotógrafa, apaixonada por transformar espaços e deixar com a cara de quem vai usá-lo de forma prática, sem grandes custos ou intervenções radicais. A ideia é conhecer bem o cliente para poder fazer o ambiente mais funcional e usável possível.

Estamos aqui para compartilhar conhecimentos e tornar alguns termos - que para nós são usuais - mais compreensíveis para quem não trabalha na nossa área.

Adoramos ouvir comentários e críticas também. Fale conosco!!

Até mais!