Vamos começar falando sobre estilos na decoração, design e arquitetura. Muitas pessoas não conseguem identificar claramente, fazem confusão ou trocam estilos bem próximos. Como somos apaixonadas pelo estilo industrial, ele será o primeiro.
O Industrial é bem próximo do Brutalismo, que ficou em evidência no modernismo (estamos vivendo o contemporâneo - mas depois identificamos a diferença entre os dois ;]) em suas estruturas carregadas de aço e cimento aparente, com os arquitetos Paulo Mendes da Rocha [foto abaixo] e Vilanova Artigas [foto ao lado] como expoentes apaixonados do estilo aqui no Brasil e Le Corbusier internacionalmente.
"Caracterizado por construções gigantescas, angulosas, de concreto, tem seu nome derivado da expressão béton brut" ("concreto bruto", o nosso "concreto armado"), foi famosamente usado pelo arquiteto, pintor, urbanista e escritor francês Le Corbusier" (http://hypescience.com/19-exemplos-da-distopica-arquitetura-brutalista).
Aqui no Brasil o MASP, com a poesia brutalista de Lina Bo Bardi, é o retrato desse estilo em sua majestade. Linhas retas "utilização do concreto armado deixado aparente, ressaltando o desenho impresso pelas fôrmas de madeira natural, técnica que passou a ser empregada (...) tanto como recurso tecnológico como busca de maior expressividade plástica" (http://www.arquiteturabrutalista.com.br/index1port-conceitos.htm).
O Estilo industrial deixa muitas estruturas aparentes e recebe esse nome porque além do brutalismo, "rouba" conceitos estéticos do chão de fábrica. Normalmente construídos em galpões, quanto mais expostas as estruturas, mais fácil de solucionar possíveis problemas ou mudanças no layout das máquinas.
Reparando nessa fábrica da Ford - uma das precursoras em linhas de produção - vemos nos pilares os conduítes de energia expostos. Provavelmente as encanações de água também deveriam ser aparentes como encontramos em muitos subsolos e estacionamentos.
O estilo Industrial busca a ausência de maquiagem. De disfarces estéticos e não funcionais. Os tijolos ficam aparentes e mostram a beleza que têm em si mesmos, sem pedir demãos de tinta, massa corrida e cimento para cobrir suas imperfeições. Os conduítes fazem desenhos na parede.
Aqui o Estúdio Penha empregou com maestria o estilo, sem perder classe, tampouco pecando na estética ou funcionalidade.Somos encantadas pela honestidade e possibilidades desse estilo.
Vamos falar no próximo post sobre Vintage e as diferenças e semelhanças entre ele e o retrô, dois termos tão empregados hoje em dia. Até a próxima!
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Amei o artigo, super esclarecedor, mas esse fundo azul escuro com vermelho confunde as letras pretas.
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